segunda-feira, 29 de junho de 2009

Alfabetização no contexto atual.


UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA-FACULDADE DE EDUCAÇÃO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA.


Realizamos uma atividade de leitura e escrita com os alunos de alfabetização, seguindo os mesmo critérios das propostas pelo PROFA (programa de professores alfabetizadores) curso de oferecido pelo MEC, para os professores alfabetizadores. Já tínhamos participado há alguns anos, e mesmo assim, nos deparamos com situações que nos levou a pensar diferente e duvidar da professora, das atividades, das hipóteses. Foi necessário estudar um pouco mais para compreender melhor as pesquisam que falam do sistema de leitura e escrita das crianças. E foi com as pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita de Emília Ferreiro e Ana Teberosk (1995), que nós educadores, passamos a conhecer as concepções que facilitaram a compreensão dos diferentes níveis de escritas desenvolvidas pelas crianças, denominados de hipóteses.
E, para garantir uma aprendizagem significativa é necessário que o professor tenha conhecimento de qual hipóteses ou nível à criança se encontra. Portanto faz-se uma avaliação conhecida como diagnóstico de escrita, na qual o professor ditará algumas palavras e frases para que a criança escreva.
Assim como qualquer avaliação são necessários alguns critérios no momento de fazer o diagnóstico dos alunos que estão sendo alfabetizados, como a escolha adequada das palavras que serão ditadas, para que não coincidam as mesmas vogais seguidas, evitando que aconteça um conflito na hora de escrever que possa vir inibir a escrita da criança. (ex: banana, arara,).

Realizei a atividade diagnóstica e a prática na Escola Municipal de Angical na companhia de duas colegas, Risolene e Sirleide. Ao me deparar com aquele público diferente do que estou acostumada a lidar fiquei me perguntando o que fazer para conseguir realizar a atividade, eles são muito inquietos, e todos falam ao mesmo tempo, às vezes as dificuldades ficam ofuscadas e nós não conseguimos detectar.
Eu sempre acreditei que as crianças saem da escola sem serem alfabetizadas por deficiência dos professores alfabetizadores, e por não fazer parte desse grupo eu não me incluía, não sentia responsável por esse processo. No decorrer da atividade, cheguei à conclusão que não é bem assim, as colegas professoras contribuem muito com a alfabetização dessas crianças. Mas infelizmente ainda falta discernimento no que se refere o conteúdo, metodologia e intervenção.
Nas discussões com a professora Geovana Zen, era notória a confusão que nós professores (as) cursistas fazíamos quando o assunto era intervenção, e para mim ficou claro que a partir do momento que eu investir em intervenções que possibilita os alunos pensarem,a aprendizagem vai acontecer de maneira positiva.
Mesmo já tendo participado de programas como o PROFA não tinha caído a ficha ainda que preciso ler mais sobre a psicogêneses da língua escrita,o professor precisa entender como as crianças apredem a ler e escrever,o profa. ajudou a mudar a nossa prática, mas a concepção continua a mesma,portanto penso que as intervenções nem sempre são adequadas,dessa forma não vamos garantir a aprendizagem satisfatória.
É preciso ter um olhar criterioso para estar detectando as diferentes etapas do processo de alfabetização. Para favorecer, de fato, o desenvolvimento possível, é necessário conhecê-los muito bem, conversar com eles, estar junto deles (Hoffmann, 2005, P.59). As hipóteses de leitura e escrita das crianças precisam ser levadas em consideração. São elas: pré–silábico, silábico sem valor sonoro, silábico com valor sonoro, silábico alfabético e alfabético. Existem ainda algumas variações dentro destes níveis.
E não podemos exigir que todos os alunos respondam no mesmo nível, portanto faz-se necessário planejar atividades que eles avancem em relação às hipóteses em que se encontra no momento do diagnóstico feito pelo professor. E nesse momento o mediador não pode abrir mão das intervenções adequadas a cada.

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